terça-feira, 9 de março de 2010

A morena.














De carne é feito um eu
de abraços é feito um nós
então, morena
não perde tempo

O agora é demasiado instantâneo
se cria sem barulho
me beija no silêncio do agora
e afasta teu orgulho

Na montanha
herdei um chalé
guarda tua lucidez
pra provar do meu café

Então, morena
é morena desde quando?
mal nasceu e saiu andando, toda morena
a hora de te ver
é a hora que sou

Esquece você de Vênus
esquece eu de Marte
recriando a noite num abraço
sejamos juntos, um ser a parte

E então amanhã,
acordando no emaranhado dos lençóis
teremos um pouco de si
e um bocado de nós.