segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Breve conforto.




















Concretizei-me aqui
aprisionado neste ser
minhas mãos, meus olhos
e o amanhecer

Há alguém assistindo a alvorada
um ser minúsculo
levanta, se alimenta
e perece antes do crepúsculo

Há alguém imaginando o nada
que cria o tudo
se espanta, se contenta
e enxerga ser miúdo

Por fora não há certeza
meu teto pode ser, quem sabe
um chão
meu medo pode ser um alibi
em vão.

Onde moro
ando nesse asfalto
as condições, ignoro
por saber estar no alto
junto às estrelas, encostado na noite eterna
ela me envolve e me conforta
suspenso e deitado
em cima e embaixo
do espaço estrelado.

2 comentários:

Mateus disse...

Parece que existe um certo tom ateu no texto, mas isso não vem ao caso.
Como sempre, eu não entendi o poema. Esses eu-líricos sempre me confundem.

Visite o meu blog e eu linko você:
http://paralaxehiperbolica.blogspot.com

Mateus disse...

Bem, eu chegei provavelmente navegando por outros blogs, algum devia linkar você e então eu cliquei