quinta-feira, 15 de julho de 2010

Marujos do êxtase.

Êxtase











Do pouco uníssono, cordas vibrantes
não foi valsa
não foi tango
dançavam tontas e tortas
sem palco, sem graça
sem ensaio, afinando
algum tipo de som com flauta

E o Domingo é melhor
para a poeira ascendente
que flutua rodopiante e hipnótica, a galáxia
na faixa de Sol divergente

E as cordas cessam o vibrar
mudificando o Domingo
tiro das flautas, o limiar
com um som vinil
próximo ao ouvido

De olhos atrasados
abri por dentro um pensamento
planando grande e inteiro
no abstrato maciço momento

Compartilhei mais de noventa mil
cordas bambas
cercando meu Domingo vinil e galáctico,
que zanza

Até perdi de vista os pés da gente
ao perceber que éramos duas poeiras
anestesiados na galáxia navegante
da faixa de Sol divergente.

Um comentário:

Maia disse...

Tenho um blog e depois de lê-lo, me abstenho de minha atividade produtora. Quero apenas consumir tua poesia. Ela move.