terça-feira, 23 de agosto de 2011

Paladar paladino.















Porque a ciência é um bardo
e é também um meio riso
capenga de lado a eficiência
afoga-se por completo o juízo

Ao miolo do pão - o céu da boca
mastiga, agora, determinado
o meio do seu planeta
que navegue o gosto de terra
e deixe inebriado
teu paladar recém-nascido
e tua língua adormecida
de um humano mal-criado

Deixa que encerre tua fome
e que germine a tal árvore!
uma ânsia o fará regurgitar
e consumir tudo sem nome

A dor do seu parto reinará
na forma de um mundo bem redondo
levanta logo do presente
e desvenda que o sigilo circunscrito
e a tua verdade tangente

Não é mais que uma semente
e nada de humano lhe caberá
tornarás como miolo entre o dente
para tão somente outra vez germinar.

3 comentários:

Karoline Freitas disse...

Só eu sei quanto admiração tenho de ler tudo isso. Não estou interessada em análises patéticas, e sim na essência daquilo que você escreve e é lindo! Tudo que vem de ti é lindo! Amei o texto! Escreva sempre mais! Te amo, meu grande amor! =D

Igor Bernardo disse...

porra! curti demais! eu vi que vc está rimando mais agora, eu acho que isso torna a leitura mais leve! ficou ótimo! sem palavras, embora eu tenha escrito algumas!

Igor Bernardo disse...

cada vez que eu leio esse texto eu tenho uma interpretação diferente! mas eu acho que consegui captar bem a sua idéia. vc camufla as suas idéias nas palavras dando uma margem grande às reflexões! parabéns! ótimo texto!