sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Das desfeitas.




















Agiram embaixo do carpete
um deus de poeira, mas que tudo pode
mas que tudo vê
ergam-se as toneladas de concreto
e os arranjos de ypê

Ainda que seja ao acaso
concederam-me você
quantos saltos a saltar!
quantas casas a erguer!
o que é, se não um arquiteto?
O que sente e o que quer?
de onde veio, se não
do mais alto teto?

Sou humano, apenas
e a desfeita, intrinseca
onde construir todas essas casas?
Não me veja demasiado insano
só porque assustaram-me tuas asas.

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