segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O cambaleio.

















Verde.
comprei uma cortina verde
e no meu quarto é sempre tarde
vou de café
vou de torrada
geleia de gosto estranho

Sinto uma grande presença
acordar meu corpo em alarde
da rua que espia desconfiada
minha barba aumentar de tamanho

No quinhentos e seis mora um cara sem crença
que aos Domingos só chega de manhã
durante a semana, ao marchar no rebanho
força um caminho engraçado
que vai da Joaquim Palhares ao Maracanã

Surge louco, inebriado
de casa sempre ausente
corre na veia a grande maçã
e o vinho, por conta da gente

Patina as ruas de peito inflado
e faz de conta que por dentro - do peito - é quente
reza a lenda que se ficar parado
desandam os passos de valente.

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