terça-feira, 3 de maio de 2011

A alteração.




















Em um estudo metódico
foi alimentar, sair de casa
trabalhar e viver entre cada instante desses - e até agora
sem motivos comprar uma cerveja cara no posto nada conveniente
em cima da Avenida das Américas
que passavam carros laminados
cortando o ar sem por quê
que peguei uma carona
e parei na Dias da Cruz
onde passei sem fome pela padaria
e estacionei eufórico entre meus semelhantes
para misturar vinho vodka e cerveja, um pouco de cada
dentro do mesmo estômago
e antingir níveis indecifráveis de consciência
sem qualquer contagem progressiva
inventar dialetos indizíveis
e depois expulsar tudo em forma de desespero
para tornar possível o entendimento
e ver o que a mente fez com meu corpo - eterna marionete do viver.

Um comentário:

Octavio Peral disse...

O que um bom porre não pode fazer conosco certo? hahaha
é sempre bons estar entre os semelhantes...
o texto consegue me fazer perceber entre seus versos um olhar poético sobre isso tudo...
gostei muito do texto, de verdade
abração