quarta-feira, 18 de março de 2009

De dentro pra fora.
















Uns tem muito
não sei se poucos
ou se muitos
mas sem dúvida
muitos também tem pouco

Cria-se do nada
só achamos que tem
e sem pensar muito
chamamos de mundo,
um certo alguém

Talvez em algum lugar
chamem de relativo
e assim destroem hoje
o que no coração, está ativo

Não se quantifica
não se faz força
nem se quer explica
que o que dura, definitivamente
tem que estar no coração,na mente
no carinho da mão,
no sorriso do dente

Desse, não se dá o que se tem
atribui-se aos demais
assim definimos alguém
pode se ter mais, muito mais
ou ser nada, para ninguém

Só então,
quando se vai do nosso redor
existido apenas dentro de nós(apenas)
atado com nó
amarrado pra sempre
até ser pó, cegando os olhos
os olhos da gente

Não deixe ir
o que hoje,
te separa os lábios
fazendo sorrir
mande ficar
pois meus lábios também sorriem
por poder te beijar

Ficar parado?
Aqui, do lado...
Pois todo enredo que se faz
só se mudam as letras
Já tentei me distrair
varri o quintal, arrumei as gavetas,
e sem ter aonde ir
fico parado, bem aqui,
do seu lado

Talvez o erro
seja a permanência
e o acerto, por sua vez,
a ausência. (Tolos acreditam nisso)
Meu erro é ter,
e esquecer que sou
Outro erro é ser
e esquecer de me lembrar
o que esqueço de ver
o que esqueço de me avisar.

Assim é o valor,
damos sem saber que temos
o dos outros lembramos
o de nós esquecemos.
Sofre a espera,
quem de valor é farto
e todo dia é véspera
pra quem tem vazio, o quarto.

E cada dia comum
toda tarde só
só cresce,
cresce esse nó
me prende sem me aprisionar
deixando-me livre, por sempre te amar
pois sentença real
é não poder lhe olhar
é ter meu lado vazio
como hoje está.

E quando estiver exausta
ao se deitar na cama
ou sentar na grama
acredite que ao invés de perder
ou no chão abandonar
para o valor conhecer, depois das mãos desatar
como essas rimas simples
fáceis de se entender
acompanham os olhos
de quem tenta ler
Veja que os mesmos olhos
também acompanham
verso curto,
outro breve, vivendo no Sol
esperando que neve.

O que fazer?
Fico aqui, parado
fingindo não te ter
só pra ser procurado.

3 comentários:

Nany Rabello' disse...

Tava inspirado heeim mocinho?
Adorei o poema. apesar desimples, direto e romantico.
e , acima de tudo, realista.
(;

Unknown disse...

Ah, eu gostei muito de algumas partes do poema. Bem legal =)
beijos.

Karoline Freitas disse...

Gosto do seu lado romântico. Mas ele é soturno.. Acho que você agora tem tudo para levar isso pra um campo de rosas, trocar essa cadeira, por uma mesa, cheia de fartura e não ficar sozinho. Mas é bom ver o passado, as nossas letras, as nossas dores e amores. Se hoje estamos aqui, é porque fomos e fizemos algo algum dia. Gosto de tudo. Gosto da estrutura. Você deve ter lido muito um poeta aí, pq faz um jogos de palavra parecidos... Não sei quem.. esqueci... Ahhhhhhhhhhhhhhhh, lembreiii!! Esse poeta que vc leu muito foi Gabriel Rezende? Você mesmo???? Você é mara, meu amor... Vc vai estar um dia nas livrarias, do lado do Mario europeu, com sua temática filosófica, e do lado de Carlos drummond, com esse seu lirismo... e eu quero fazer o prefácio dos seus livros.... " Você é um recurso paradoxal para a humanindade " e em off, um recurso paradoxal para mim... Te amoooooooooo... pode deixar quee serei a primeira pessoa a pegar seu autografo.