sábado, 19 de setembro de 2009

O encontro.
















Mal amanhece
e se separam
não houve despedida
não houve adeus

Ela começa com "m"
é ousada
mas se mostra tímida
planeja encontros e situações

Ele começa com "s"
é livre e estonteante
alegre, às vezes triste
o bom, são suas excitações

Começa delirando
como quem a convida
ela, boba
cede sua vida
pois ao mínimo sinal de luz matutina
o abandono será inevitável

Uma semelhança
um do outro, é inseparável
ela gosta de fantasiar
como vestidos de menina

A nudez é sua natureza
vestida, então
perde a clareza
ela é o pincel
ele, a arte final
escrevem pintando
pintam escrevendo

O corpo torna-se passagem
ambos são um
janela e paisagem
um torna-se ar
o outro maravilhado
o começa a respirar

Esparramam-se na cama
não há um "boa noite"
o corpo se abstrai
um vê o outro se aproximar
foi necessário abandonar o mundo
para a mente,
o sonho encontrar.

Um comentário:

Risco de vapor disse...

Olha eu aqui, bid! Já que ninguém comenta, to de dando essa força! Olha, achei maneiro esses poemas. Mas é aquela coisa... o gosto é relativo. Uns gostam, outros não. Mas bola pra frente! Abração! Te amo!