Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura.
sábado, 29 de maio de 2010
O Metalaço.
E o que me acorda?
É o café?
O dia quente? O dia nublado?
A vida me acorda.
Me acorda para não esquecer
quando só o relógio mostra o que passa
o tempo logo se retira
e o teto esparrama nos meus olhos
me fazendo adormecer
Vezes me esqueço de acordar
e saio andando sonhando
todo dia acordo no meio do dia
de terno, gravata e maleta
sou o advogado do tempo
Vezes também lembro
de não esquecer
logo faz-se a meta-lembrança
como tudo o que há deve ser
O meta-tempo
o meta-olho
a meta-mente
a meta-vida
a meta-música
E o estalo insistente estala
existir é inevitável
tocam a música para acabar
enquanto meus dedos loucos
tocam a música para enquanto tocar
E assim é o "meta"
entrelaçado em si mesmo
sem medições, sem ponteiros
E logo cedo
a vida é para além do tempo:
mal começamos a tocar
e já estamos presos no refrão.
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Um comentário:
Gabriel!!!
que textos maravilhosas.
E surge um poeta no meio do mundo.
Cativando pessoas com sua escrita fenomenal.
adorei.
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