Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura.
domingo, 6 de junho de 2010
Minha cor tá por aí.
Abro o livro das cores, aflito
e algumas páginas
me fazem perceber
a cor que não somos
é a que nos faz ser
Arranjo um arco-íris de bolso
e sempre posso consultar
embora eu não consiga entender
como as cores que não sou
são as cores que me fazem ser;
cores para me explicar
Chamaram o exército
os bombeiros
o ministro, o presidente do senado
acordaram os sem teto
soltaram os condenados
gritam lá de trás:
enxerguem agora o céu azul-esbranquiçado!
Continuei minha linha
tijolos de branco, amarelo
e uma joaninha
que de cinza e preto
capengava de uma perninha
e o Sol atrás, quase branquelo
esbarrava na escrivaninha
Fui mais pra lá
mais pra cá
rodei, tropecei e cai
de cara com um grande amarelo esverdeado
e logo me colori
a cor de verdade, essa sim
ta borrada por aí
E vai ser assim
as cores de outro mundo
serão as cores que há em mim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário