É quando de canto, vejo a avenida
as passarelas são um murmúrio
produto do abraço que, envolvente
percebo a cena repetida
Quando toda a engenharia converge
em um louco sono alvo
meu queixo repousa
nos ombros de minha querida
Depois os dias passam firmemente
atritando com o tempo inerte
da-se à luz, saudade incoerente
Que vaga na noite da cidadezinha
percebo, grande e eloquente
o tamanho d'alma que nunca foi minha.
Um comentário:
Comovente. Muito bom. Me deu sono imaginar as passarelas envoltas em névoa...realmente. E o ombro da amada...Que visões hein...
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