quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A libertação.















Solto a primeira nota
que vai marchando
firme e forte
soldado da tropa

Hoje é flauta
ontem foi piano
amanhã o que falta
é sair sambando

Pude ver certamente
ao abaixar as teclas
emitia um som reluzente
os objetos dançavam
e felizes eram
ao me ver contente

Humildade não há maior
que as teclas do cravo
me tratam como major
e comportam-se como cabo

Abaixam-se para propagar
a melodia que imaginei
reverenciam-se assim
como um sudito ao seu rei

Acho que já provado
não há sonho maior
do que ser transformado
em nota de escala menor

E de maneira similar
me curvo para a nota
tentando ser livre
sem sair da toca

Posso me dobrar de curvar
e ter a cabeça nos pés
e nunca serei como você, oh nota
livre como és.

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