terça-feira, 28 de julho de 2009

A sentença.




















Num minuto é água
Em outro, desce ligeiro
Num minuto é mágoa
Em outro, prova-se o tempero

Os livros abertos e jogados
no chão
na cama
no telhado
O mérito perdido
nas páginas dos capítulos
de cada livro

A pausa inalterada
do tempo no espaço
uma lâmina afiada
cortando o vento com o aço

O dado lançado
se pesa, é fardo
se perdura, sustenta-se
tal como um laço

Um dedo que mostra
apontando para cima
o vazio que há lá fora
é o mesmo que dentro, me domina
Um medo que frustra
cansado da sina
o jazido que há lá fora
é o mesmo que encontro na guilhotina.

Um comentário:

Bernardo Britto Guerra disse...

Ei, Gabriel! Gostei do que escreve. Muita paixão e fúria. Depois converso melhor contigo sobre isso. Fico feliz que tenha gostado do que escrevo.
Um grande abraço, espero te ver amanhã lá no almoço da Bruna!